terça-feira, 12 de março de 2024

A sombra da intolerância

 


Não é exagero afirmar que a intolerância é um dos sentimentos mais estúpidos e egoístas que os seres humanos podem nutrir. Ser intolerante é proclamar com fervor a incapacidade de aceitar a diversidade de condutas alheias. É abraçar um ideal tão firmemente que se torna cego à multiplicidade de formas de ser e agir no mundo. Ser intolerante é insistir que todos devem seguir um único padrão, ignorando a riqueza da individualidade humana.

A intolerância é cruel e excludente por natureza. Muitas vezes, aqueles que a alimentam se sentem no direito de julgar e impor sua visão de mundo como única e inquestionável. Movidos pela presunção de deterem a verdade absoluta, transformam sentimentos e ideais puros em instrumentos de opressão e ódio, sem considerar que a diversidade é a essência da humanidade.

Os intolerantes acreditam possuir a verdade suprema e se recusam a questioná-la. Essa rigidez de pensamento é a marca registrada daqueles que se intitulam "donos da verdade", impondo seus valores sobre os outros como se fossem leis divinas, ignorando a essência plural e complexa da existência humana. Em um mundo onde não há duas pessoas iguais, tentar impor um padrão único é uma violência contra a própria natureza humana.

A história está repleta de exemplos sombrios de como a intolerância pode levar à destruição e ao sofrimento, desde a escravidão até os horrores do holocausto, demonstrando os perigos de se prender a uma única visão de mundo. Nada é tão sombrio e cruel quanto a capacidade humana de ferir o outro em nome de suas crenças e preconceitos. A intolerância é o primeiro passo rumo ao ódio e ao sofrimento, uma força implacável que, quando menos esperamos, se manifesta, tornando-se um fantasma constante que nos ronda e ameaça a harmonia e o bem-estar coletivo.

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