terça-feira, 11 de setembro de 2007


Tento virar à direita, dá medo.
Penso em virar à esquerda, falta coragem.
Só queria saber quem sou
O que faço
Para onde vou,
Desatar os nós
Parar de sacrificar a minha vida
E de me esconder de quem realmente sou.

Sou o palhaço do meu riso
O poeta da minha dor
O senhor do que sei
O escravo do que não sei
Sou o papa da minha religião
O par perfeito para a minha solidão
A senha dos meus segredos
O sono ideal para os meus sonhos
O chão para a minha queda.

Olhos que não chegarão a ver.
Boca que não proferirá uma palavra,
Que não chamará por ninguém.
Mãos que não poderão tocar a face de quem queria carinho.
Pés que não correrão para o abraço.
Abraço interrompido pela estupidez.
Palavras silenciadas pela ignorância.
Mãos cortadas pela inconseqüência.
Boca fechada pela irresponsabilidade de quem não pensa nos seus atos.
Olhos tapados por quem tem medo de enfrentar os erros cometidos.
Que venham novos ventos que sejam capazes de levar os tormentos desse tempo, onde o individualismo e egoísmo reinam.
Que esses ventos varram a hipocrisia desses nossos dias.

Amor com o poeta


Eu tirei a roupa de Caetano
Por toda a noite fiz amor com ele.
Ele não resistiu
Se entregou aos meus carinhos
Saciou os meu desejos.
Me entreguei totalmente
Para que ele me penetrasse
Por todos os poros
Rompendo todos os espaços
Dominando todos os sentidos,
Sem correr; bem devagar.
A noite foi perfeita.
Fiz amor com Caetano,
E descobri o quanto o amo.

Estou carregando um sorriso nos lábios
E uma dor no coração.
Estou demonstrando uma alegria inocente,
Mas estou sufocado pelo sofrimento.
Estou cantando para esconder as dores e soluços do meu coração.
Meu íntimo está sendo o esconderijo das minhas dores e mágoas,
Que insistem em não fluir, que querem ficar amarradas por toda a eternidade no recôndito do meu ser.
Estou mostrando o que não estou sentindo,
O que não é verdade em mim.

domingo, 2 de setembro de 2007

CALA A BOCA NEGRO!


Cala a boca negro!...Respire um pouco e prossiga com a sua fala.Cante se for capaz e grite se for preciso,mas não deixe de manifestar o quanto és um braço forte.

Cala a boca negro!...E deixe o seu coração pulsar no compasso do batuque dos tambores dos congos, deixando nítido que está bem vivo para enfrentar tudo o que vier e como vier, afinal és brasileiro e quem é desse solo "não foge a luta e nem teme,quem te adora,a própria morte."

Cala a boca negro!...E mostre os seus dentes, pois são sinônimos de saúde e de vitalidade, assim é capaz de repudiar e buscar os seus direitos, afinal a mãe pode ser gentil, mas alguns filhos são covardes, pois quem não tem argumento, ofende.।

Cala a boca negro!...E manche com a sua melanina o muro mais branco e deixe a sua mensagem, que eles é quem são homens de cor, que mutam ao longo da vida e tentam ser como você se bronzeando artificialmente.

Cala a boca negro!... E escreva poemas,livros e epopéias,pois não adianta usurpar Castro Alves,diga você mesmo o que tem que dize,mas diga bem dito, pois negros não tem missas de te-deum em seus centenários.

Cala a boca negro!...E "se ergue da justiça clava forte", pois se Deus é por ti,essa na terra não te faltará. caso contrário faça um despacho e peça ajuda aos orixás.

Cala a boca negro... E vá a luta!

Júnior Vianna
Teresina , 29 de agosto de 2007
Ao amigo Lameck Valentim alvo do pelourinho verbal

Estou aqui!

  No meio das voltas e reviravoltas, aqui estou eu. Mesmo quando a vida parecia virar as costas e os supostos "amigos" desaparec...