Não sei quando a humanidade
chegou a este ponto, mas tudo parece mais complexo. Falta empatia! A falta
de empatia é o câncer do mundo, mas sua presença, a cura dele.
Se relacionar com alguém sem
empatia, incapaz de ficar feliz com a sua felicidade ou sofrer com seus
problemas, significa conviver com alguém que será sempre, em algum grau,
apático às suas dores. E pior: mesmo que haja um empenho, dificilmente
conseguirá índices aceitáveis, pois a verdadeira empatia é uma capacidade inata
na qual o egoísmo cede gentilmente o lugar ao desprendimento. Portanto, não
basta querer, ou tem ou não tem. Se envolver com quem não constitui uma conexão
emocional empática é doloroso, desgastante e um assassinato da autoestima em
câmera lenta.
Ninguém nasce forte e estar
no auge não pode fazer ninguém se esquecer do caminho que trilhou até lá. Se
verdadeiramente, depois de tudo o que passamos, vemos e ouvimos, não
conseguirmos sentir, não conseguirmos ser solidários à dor de alguém, realmente
nós temos muito o que temer do futuro.