quarta-feira, 4 de março de 2020



Não aguardemos que o tempo nos traga problemas verdadeiros para que entendamos que sofremos tanto por problemas fantasiosos. Não esperemos que alguém nos entristeça de verdade para compreendermos que estivemos colecionando pequenos ressentimentos dispensáveis. Não esperemos a adversidade bater à nossa porta para compreendermos que éramos felizes e não compreendíamos. Precisamos deixar de levar os pequenos probleminhas do dia a dia numa arca, como se eles fossem extraordinários. Não são. Deixemos de inventar casos com quem não pensa igual a nós, como se tivéssemos o poder de dominar tudo. Não temos este poder. Paremos de findar, de tirar conclusões apressadas, de arriscar decodificar o que vai no coração do outro. O que o outro sente, reflete e aspira, só ele sabe. Lutemos pela felicidade em vez de estarmos arriscando encontrar bodes expiatórios para o infortúnio. Não tenhamos insônia por quem nos maltrata, por quem não nos quer por perto, por quem não nos procura e abdiquemos de reagir à altura de quem nos amargura por nada e faz tempestades em copo d’água por dificuldades fantasiosas.

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