Eu queria ser o vento na copa das árvores
E ser a calma que olho na beira do caminho
E dissolver –me em vento e silêncio
E nada.
Ser a poeira que o tempo eleva,
E esse riso de canto de boca
E ser transitório como olhar algo que passa, no caminho.
Como a figura que cola nos olhos e passa.
Mar de gotas eu sou
Pedra da borda da rua,
Que o piche não tragou.
Conservo-me ali no canto, apreciando.
Como a brisa na copa das árvores
E o silêncio na beira do caminho.
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