Hoje acordei mais pensativo que o normal. Talvez por conta
dos últimos acontecimentos, por pensar nas minhas decisões futuras e podendo
enxergar com mais clareza as coisas que realmente valem a pena em nossas
finitas vidas. Ligando baixinho o som do computador, ouvi na voz da Maria Bethânia
– Tocando em Frente – que começa já dizendo o mais importante para mim que é
“Ando devagar porque já tive pressa...” e foi ai que me atentei para a atitude
mais corriqueira que podemos identificar ultimamente na gigantesca maioria das pessoas:
a PRESSA.
Você já reparou como hoje todos estão sempre com pressa?
Já notou como todos nós estamos sempre tentando evidenciar aos mais próximos o
quanto somos atarefados e abarrotados de compromissos? Se encontramos com
alguém que não víamos há um tempo, logo diz que é o tempo, que é o trabalho, que
é isso, aquilo e, assim, muitas coisas essenciais, vão ficando para trás, como
a atenção, o convívio e o cuidado com familiares e amigos.
São pessoas correndo de um lado para outro, sempre
atrasadas e com os olhos em alerta em busca de um objetivo ou compromisso que
muitas vezes nem elas mesmas sabem exatamente o que é. A nossa volta podemos
ver como pessoas próximas estão tão obcecadas com suas rotinas sem se darem
conta disso.
Os dias estão passando muito rápidos e estamos vivendo,
com pressa e sem qualidade de vida. Por quê? Onde iremos chegar com esta
maneira de viver?
Não sabemos o que o futuro nos reserva, e muitas vezes
não nos damos conta no que estamos nos transformando. Estamos cercados de pessoas
sem a mínima capacidade de ouvir o próximo, sem acolher a dor alheia, incapazes
de atitudes de carinho, sem empatia e correndo em direção de sei lá o que.
Estamos correndo o dia todo para chegar aonde mesmo?
Precisamos desacelerar. Respirar, escutar, acolher. Não nos cobrar tanto.
Precisamos cuidar mais de nós. E cuidar de quem corre ao nosso lado.
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