Não tenho paciência pra gente estúpida, inábil, arrogante e, que pensa que o mundo gira em torno do seu umbigo. Minha paciência é bem curtinha pra gente oca que não sabe o que diz, o que faz, de onde vem e pra onde vai (se é que vai). Não dá pra tragar gente traiçoeira, fingida, que vive a puxar saco, que se conforma com migalhas, que sorri o dia todo e, durante a noite, chora pensando em toda merda que fez e faz.
Impossível suportar gente que se sente, que a cada vez que passa cumprimenta de uma forma diferente, gente que só procura quando precisa, que só lembra quando sua situação aperta, que se diverte as custas dos outros, que esquece dos outros, que vive as custas dos outros, que come pelos outros, que bebe pelos outros, que passar a mão no sonho dos outros, que não diz obrigado, que não pede nem dá licença, que não se permite, que invade, que atrapalha. Gente que insulta, que não sabe divergir sem acordar a fúria que dorme camuflada de lobo traiçoeiro, feito cobra peçonhenta que rasteja pronta para o bote. É triste ver gente que caminha parada no mesmo lugar e ocupa espaço, mas não preenche nada, e não anda, que acha que manda e faz e desfaz o que bem quer, sem saber o que significa o bem querer. Chega de gente que desconhece toda e qualquer arte de espargir, plantar, cuidar, valorizar... É uma pena que esse tipo de gente, infelizmente não entre em extinção, ao contrário, prolifera a cada dia.
Cansei de gente fraca que não tem opinião e que muda de opinião sem ao menos ter opinião. De gente que pensa, que pelo fato de "ler" 3 mil livros da estante armada no canto da sala para visita ver sabe mais da vida do que aquele que leva o lixo da calçada a cada novo dia e, a cada nova noite.
Basta!
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
Ainda verei o
dia em que as pessoas se respeitarão. O dia em que contemplarão a amizade entre
as pessoas sem olhar de maldade e sem o veneno de suas línguas bifurcadas.
Almejo o dia em que a tolerância e o respeito sejam constantes na vida de
pessoas que vivem de extremos. Espero o dia em q as pessoas percam o medo de
abraçar um amigo sem a preocupação com os olhares maldosos. Espero que chegue o
dia em que as pessoas serão realmente humanas.
Digo aquilo
que penso, para além das pretensões alheias, do verniz social, de preceitos
aprendidos, pois o que penso é um pouco de mim mesmo, nacos da minha alma, do
meu sentir, da minha vontade, pois dizer o que não penso, o que não sinto,
seria lançar aos outros, ocas bolas de sabão. Digo aquilo que penso, sem ligar
a horas, a ocasiões, porque sempre é momento de se dizer francamente o que se
pensa. Não me camuflo atrás das moitas da indiferença, nem atrás da fraqueza do
sorriso forçado, da acedência medrosa, do consentimento fútil. Profiro o que
penso, porque isso é o que sou, é a minha bandeira, a minha lei. Estamos aqui
para deixarmos a nossa marca, porque quem caminha sobre os passos alheios, não
deixa nada de si a ninguém.
segunda-feira, 2 de março de 2015
Anjo Barroco
Em seus caminhos nômades
Nos passos de sua sina cigana
Andarilhos destinos andar andou
Com partida da Vila do Mocha
Alma lavada no riacho da pouca vergonha
Rompido o cordão umbilical
Apartadas as metades
Viramundo montou a calda de uma estrela
E se enveredou em sonho de circo
Foi forjado na periferia da cidade grande,
Na noite, nos becos, vielas, botecos, boates,
Cinemas pornôs e cabarés.
Seu sangue fortaleceu e engrossou na casa de recuperação.
Sua força e coragem se fizeram nas crinas da madrugada.
A brisa penetrando os poros.
A vista embaçada
pela garoa,
Fina flor do norte se envenenando com monóxido
De carbono na
locomotiva de aço.
A cidade em estado
de febre e tecendo o fio
De sua história nos escombros da noite
O coração em ebulição fez desse menino um homem.
Anjo barroco, em tudo moderno e arcaico
De tudo medo e coragem.
No peito um ser-tão forte ,
A crença em Deus
O corpo fechado
O jeito de quebrar qualquer quebranto
E desviar qualquer mal olhado
Sem deixar a espinhela cair.
Em suas estradas de ferro,
Aprendeu a sobreviver nas cidades de sua grafia,
A geografia da seca gravada em sua pele,
O destino quixotesco, ele roubou princesas de castelos,
Encontrou tesouros, foi trapezista, santo e feiticeiro,
Dançou na noite com anjos e demônios, foi marinheiro,
Deixou um amor em cada porto, brigou com redemoinhos,
Dançou na corda bamba, equilibrou-se em um de sonho alado,
E nunca se esqueceu de ser feliz,
Porque a vida é teatro mágico
E ele é várias faces de uma mesma história.
*Poema feito às 02h30 da manhã, em parceria com Edilberto Vilanova, via Facebook.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Sem máscaras
Muitas
pessoas em algum momento vivem o dilema de levar uma vida com autenticidade,
expor de modo claro seus sentimentos e pensamentos ou incorporar uma personagem, agir de modo a
simplesmente receber os aclamações e aprovação para meramente serem aceitos pelos que os rodeiam
As mentiras mais devastadoras para a nossa
autoestima não são tanto as que contamos, mas as que vivemos.
Vivemos uma mentira quando desvirtuamos a realidade
da nossa experiência ou a verdade do nosso ser. Assim, vivemos uma mentira
quando aparentamos um amor que não experimentamos; quando fingimos uma
indiferença que não sentimos; quando nos mostramos mais do que somos; quando revelamos
menos do que somos; quando dizemos que estamos zangados, mas na verdade estamos
com medo; quando fingimos estar desamparados, mas na verdade, estamos
manipulando; quando negamos e escondemos nossa excitação com a vida; quando fingimos
uma cegueira que nega nossa consciência; quando fingimos um conhecimento que
não possuímos; quando rimos e queremos chorar; quando ficamos muito tempo com
pessoas de quem não gostamos somente para passarmos a imagem de agradável; quando
dizemos somente aquilo que o outro quer ouvir; quando nos expomos com a encarnação
de valores que não aprovamos e não aceitamos; quando somos afetuosos com todo
mundo, menos com aqueles que a quem dizemos amar; quando professamos crenças
sobre as quais não temos convicção, só para sermos aceitos; quando aparentamos
modéstia; quando dissimulamos arrogância; quando deixamos nosso silêncio
concordar com convicções das quais não compartilhamos. Quando dizemos apreciar certo
tipo de pessoa, quando na verdade a abominamos e criticamos.
Tudo isto exige coerência, o que significa que o nosso
eu interior tem que estar de acordo com o nosso eu exterior.
Quando valorizamos mais a ilusão na cabeça dos
outros do que o nosso próprio conhecimento da ''verdade'' tornamo-nos um
impostor.
É
preciso coragem para emitirmos nossas opiniões e pensamentos, do contrário, permaneceremos
para sempre perdidos nas trevas de uma vida covarde.
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