sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

A pedra



A pedra que matou Maria Auzenir não desfigurou apenas o seu rosto. Aquelas pedradas atingem a todos nós que fechamos os olhos para a violência contra a mulher, que fazemos de conta que as mulheres são tratadas com respeito e dignidade, que hipocritamente achamos que a mulher tem culpa. Aquelas pedradas atingem toda essa sociedade machista, sexista, que prefere se prender a dogmas, doutrinas religiosas e ideias arcaicas a discutir esse problema que tem feito cada vez mais vítimas em nosso país, em nosso estado. O sangue de Maria Alzenir, está impregnado em todos nós que fechamos os olhos para esse mal. A violência contra as mulheres não é nem imutável nem inevitável e pode ser drasticamente reduzida ou vir mesmo a ser eliminada, basta que tratemos a todas com o devido respeito e dignidade. Eu não a conhecia. Mas isso não impede que peça justiça para este caso.

Resiliência em tempos de perdas

  Numa história marcada pela coragem e pela resiliência, eu me vejo como um ser em constante batalha, enfrentando os desafios que atravess...